Fernando Mitre

Mitre: Simone Tebet pode equilibrar o projeto econômico do PT

Fernando Mitre analisa a definição de papel da senadora no governo de Lula

Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Que a senadora Simone Tebet (MDB) nunca teve interesse no Ministério do Planejamento  é óbvio. Ela sempre quis - até coerente com sua campanha - uma função que atinja diretamente o público. Daí a ilusão - perdida, naturalmente - do Bolsa Família. 

Outro ponto claro é que a linha de uma política econômica de Simone, antes assessorada por economistas liberais, não seria jamais do gosto do PT. Mas há os que acham que aí poderia até haver uma vantagem: ela ajudaria a equilibrar junto ao ministro Fernando Haddad (PT) posições que alimentariam políticas mais moderadas. Haddad estaria mais aberto a isso do que parece. Será? 

Assim, aguarda-se a definição do caso Simone Tebet, que pode também ir para "Cidades'', enquanto o tempo passa e esse ambiente de última hora vem produzindo desgaste para ela e para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que demorou muito com essa história.

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