Mitre: Rumo à harmonia política

Por Fernando Mitre

A imagem da troca de sorrisos entre Lula e Lira na posse de Flávio Dino no STF, seguida pelo amigável encontro dos dois e as lideranças no Alvorada, o segundo em uma semana, ilustra o aval do governo ao calendário de emendas.

A nova fase de aproximação com o Congresso e o que o nosso presidencialismo não dispensa: em certos momentos, é ele mesmo, o presidente, que tem que entrar no jogo pessoalmente para garantir - carimbando os acordos - a difícil e cara governabilidade. 

Nos mandatos anteriores, Lula fazia isso desde o início e as circunstâncias eram mais simples. Desta vez, ele tem demorado - quando as circunstâncias, que são bem mais complexas, expressam dificuldades a toda hora. Mesmo porque, nunca o Congresso brasileiro teve tanta força como agora e com tanto poder de barganha. 

Basta ver - e avaliar - os 53 bilhões de emendas parlamentares deste orçamento. Agora 20 bilhões e meio entregues até meio de junho. Esse é o fator determinante do ambiente de qualquer foto de Lula e Lira.

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