Depois de 60 anos, ou quase, de expectativas, discussões e divergências entre os políticos, e de vai-e-vem, a reforma tributária caminha. Não sem dificuldades, onde não faltam as divergências, nem os interesses, mas pode ser, finalmente, aprovada.
O tempo previsto é curtíssimo e ainda há dúvidas, críticas e confrontos sobre alguns pontos propostos, como mostram as reações e reivindicações dos governadores.
Um dos pontos que pegam mais aí, no caso, é o Fundo de Compensação. O projeto prevê R$ 40 bilhões, os governadores querem R$ 70 bilhões, poderia sair algo próximo de R$ 60 bilhões. A pressão é grande.
O prazo de transição também está pegando. Como se vê ainda problema na reação do setor de serviço, que avalia, por exemplo, aumento de imposto de 60% da cesta básica. O governo discorda dessas contas mas pode aperfeiçoar isso. E assim por diante.
Dessa vez, a reforma, de fato, andou, o projeto avançou, mas deve sair bem modificado, claro. O país conta com a mudança.
"Mesmo porque os benefícios para a população e a economia brasileira serão colhidos por todos" - como diz esse manifesto dos economistas e empresários.
A reforma tributária, como o arcabouço fiscal, é um passo fundamental para destravar a economia.