Rejeitado por grande parte da sociedade, em manifestações, passeatas e protestos, sai de cena o projeto antiaborto — pelo menos vai para a gaveta, por um bom tempo, com seus absurdos — e as atenções da Câmara começam a se voltar para temas, como a reforma tributária.
O desgaste grande produzido pela matéria, agora adiada — sentido pelo presidente da Casa — desaconselha a continuar investindo agora em projetos polêmicos, da chamada pauta de costumes. A reforma tributária depende dos projetos complementares, que ficaram de lado por algum tempo.
E agora devem seguir seu caminho — esforço concentrado na Câmara, em agosto no Senado, para que essa reforma, essencial embora com dúvidas e aquém do desejável — aprovada depois de mais de 30 anos de idas e vindas — possa finalmente começar a reduzir o caos tributário que trava a economia há tanto tempo.