Quando o presidente Lula diz que o PT precisa ouvir a sociedade - e até aprender ou reaprender com o próprio povo como deve conversar com ele - está mostrando a preocupação óbvia com o desafio das eleições municipais.
Mas aí tem uma ideia de autocrítica, que nunca foi o forte do partido. Nem mesmo de Lula - que não deixou de colocar os desafios múltiplos e amplos, como falar com os evangélicos, ou chegar ao agronegócio.
Daqui para a frente, na medida em que se aproximar a eleição, a popularidade do presidente vai se tornando um ponto cada vez mais sensível. Nem é preciso dizer o que aconteceria com o apoio do Congresso ao governo com uma queda acentuada da popularidade do presidente.
A advertência, aliás, apareceu no discurso da presidente do partido, expressando também o fato de que o país - depois da campanha presidencial - não encontrou, ainda não, sua pacificação política. E assim caminha para o novo ano eleitoral.