A morte de mais uma criança, essa por ter inalado desodorante, vítima de um dos tais desafios nas redes sociais, fortalece a discussão, que há pouco ganhou novos conteúdos com a minissérie inglesa que conta a tragédia em que um adolescente de 13 anos mata uma colega.
No Brasil registram-se mais de 50 mortes ou lesões graves motivadas diretamente pela participação nesses desafios de meninas e meninos, de posse de seus celulares.
Há uma mobilização importante, a discussão avança, a preocupação é crescente, há medidas nas escolas, com proibições e fiscalização, encontros de pais. Mas, a ameaça é muito maior do que essas reações. E tudo piora por não haver regulamentação eficiente das big techs.
Mas, as evidências do grande e crescente perigo desse uso do celular estão aí e são muitas. Uma delas, que os especialistas agitam como argumento fundamental, é o tempo em que uma criança se ocupa do celular comparado com o tempo em que conversa com os pais ou com os professores.
Como mostrou o último Canal Livre: Quem participa mais e influi mais na formação dessa criança? É, obviamente, o celular, com o perigo dos algoritmos e seus sistemas viciantes - contra os quais ela, simplesmente, não tem defesa.