O nome de Geraldo Alckmin (PSB) já andou por aí em variadas especulações, que já insistiram na hipótese de ministro da Economia, tocaram na Casa Civil e até no Ministério da Defesa, entre outros. Embora Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tenha desmentido tudo isso.
O que se pode dizer é que, no comando das equipes de transição, ele está com as mãos numa espécie de pré-esboço político do novo governo. Os sinais apontam para um vice operativo, com participação intensa, o mais próximo possível de Lula, que já anunciou que seu governo não será um governo do Partido dos Trabalhadores. E, de fato, sendo um governo além do PT, um nome como o do moderado Geraldo Alckmin dá um significado fundamental a esse projeto político.
A presença desse vice-presidente eleito, bem relacionado dentro do PT e fora do partido, que já começa diferente dos anteriores, é vista como ampliação do horizonte do novo governo, como frente política.
E é assim que suas difíceis negociações com o Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição abrem o caminho a ser percorrido depois da posse. Caminho duro, enorme desafio político, quando tudo isso estará sendo posto à prova.