Fernando Mitre

Mitre: os novos percursos das campanhas eleitorais americanas

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

O clima construído ali na convenção republicana pela multidão emocionada 72 horas depois do atentado entre oradores, alguns tipo pregadores, com frases como o "leão americano se levantou, reagiu e urrou", já deu o tom da nova fase da campanha de Trump.

E criou a expectativa do que vem aí no discurso de quinta-feira do candidato. Poderá ser o mais importante, agora num tom messiânico, configurando esse novo clima na campanha republicana. Enquanto os democratas também preparam a adaptação a essa fase que vem do atentado de sábado. Mas, segundo tudo indica, com o mesmo Joe Biden disputando, apesar das dissensões no partido. 

Nessa nova fase da campanha, Biden deve enfatizar no seu discurso a melhora na economia, no emprego e na vida dos americanos, além da retórica óbvia contra a violência, entre outros pontos. Vamos ver. E sem os ataques de antes a Trump, que agora, deitando e rolando na força das imagens  - braço erguido, rosto sangrando ao lado da bandeira americana, só se fortaleceria como alvo de qualquer ataque que possa ser visto como perseguição. Muda muito depois do sábado da tragédia. E a esperança dos democratas começa na expectativa de que o clima criado pelo atentado, em algum tempo, estará sendo atenuado. 

Será? Mas o problema é que o atentado e tudo o que vem junto ocorreram quando Biden já estava indo muito mal.

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