Mitre: os novos percursos das campanhas eleitorais americanas

O clima construído ali na convenção republicana pela multidão emocionada 72 horas depois do atentado entre oradores, alguns tipo pregadores, com frases como o "leão americano se levantou, reagiu e urrou", já deu o tom da nova fase da campanha de Trump.

E criou a expectativa do que vem aí no discurso de quinta-feira do candidato. Poderá ser o mais importante, agora num tom messiânico, configurando esse novo clima na campanha republicana. Enquanto os democratas também preparam a adaptação a essa fase que vem do atentado de sábado. Mas, segundo tudo indica, com o mesmo Joe Biden disputando, apesar das dissensões no partido. 

Nessa nova fase da campanha, Biden deve enfatizar no seu discurso a melhora na economia, no emprego e na vida dos americanos, além da retórica óbvia contra a violência, entre outros pontos. Vamos ver. E sem os ataques de antes a Trump, que agora, deitando e rolando na força das imagens  - braço erguido, rosto sangrando ao lado da bandeira americana, só se fortaleceria como alvo de qualquer ataque que possa ser visto como perseguição. Muda muito depois do sábado da tragédia. E a esperança dos democratas começa na expectativa de que o clima criado pelo atentado, em algum tempo, estará sendo atenuado. 

Será? Mas o problema é que o atentado e tudo o que vem junto ocorreram quando Biden já estava indo muito mal.

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