A reforma tributária precisava de 49 votos no Senado. Vieram 53, um bom resultado para o governo, mas poucos dias antes, a expectativa chegava perto dos 60, 58.
Esse foi um número muito citado. Mas a aprovação do texto-base foi tranquila, embora tenha sido combatida numa espécie de ofensiva oposicionista nos últimos dias. Votaram contra 24 senadores.
Mexeu-se muito na reforma, apareceram muitas exceções, inclusive no interesse dos Estados. Fala-se na possibilidade de um texto com os itens já aprovados pelas duas Casas e uma outra PEC, concentrando exceções.
No fim seria promulgado o texto de consenso - que alcança bem mais de 70 por cento do total da reforma, perto de 80.
E o outro ficaria por lá em discussão. Vamos ver. A expectativa é que a reforma, voltando à Câmara, seja promulgada este ano. Uma reforma limitada, vai dar muito trabalho ainda, com as leis complementares, está longe de merecer nota 10, estão falando aí em nota 7 ou até 6.
Mas ela vem depois de 40 anos de discussão muito difícil - e para substituir uma realidade reconhecidamente caótica. O chamado manicômio tributário.