Fernando Mitre

Mitre: os efeitos políticos do ataque à democracia

'O ambiente, mostra parlamentares, que eram da base de Bolsonaro, e agora na oposição, mantendo a maior distância possível do episódio da invasão dos vândalos', diz Fernando Mitre

Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar o domingo (8 de janeiro) de vandalismo em Brasília e suas implicações, já é considerada praticamente certa. Dos 47 senadores que assinaram o requerimento da senadora Soraya Thronicke, 34 continuarão na Casa para o próximo mandato. 

O ambiente, que já se forma em torno da CPI, mostra parlamentares, que eram da base de Bolsonaro, e agora na oposição, mantendo a maior distância possível do episódio da invasão dos vândalos ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal - o que faz todo o sentido - e dessa minuta golpista, encontrada pela polícia na casa do ex-ministro Anderson Torres - o que faz mais sentido ainda. 

Querem, cada vez mais, distância de tudo isso. Na Câmara, a mesma coisa. Um dos efeitos claros desses episódios nefastos de agressão ao Estado brasileiro - a mais violenta desde a promulgação da Constituição de 1988 - é o isolamento político dessa minoria extremista e golpista, que vem unindo contra ela as forças democráticas no país. Tem pesquisa mostrando que 93% condenam o terrorismo de domingo.

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