Mitre: os efeitos das ausências de padrinhos políticos na campanha eleitoral paulistana

Na reta final da campanha, a disputa pelo segundo turno, em SP, que já vinha um tanto embolada desde a semana passada, embolou mais ainda, como se vê nas últimas pesquisas. E se vê também, talvez mais claramente, quando se observa a movimentação nas campanhas.

O governador Tarcísio, ao lado do prefeito Nunes, pedindo empenho do ex-presidente Bolsonaro, que até agora não veio - enquanto intenções de votos bolsonaristas se acumulam, nas pesquisas, a favor de Pablo Marçal - que ainda conta com o chamado voto envergonhado. 

Os dois numa disputa ferrenha pela presença da direita no segundo turno, onde o lugar garantido, antes, do candidato da esquerda, Guilherme Boulos, acima de qualquer discussão, convive agora com dificuldades que crescem. Como o voto útil que sairia de Tabata Amaral, mas não parece sair. 

Ou como o desafio de chegar até o eleitorado de pequena renda, que vota tradicionalmente em Lula. Mas que, pelas pesquisas, não aderiu, na mesma dimensão, a Guilherme Boulos, ainda. Mas o tempo é curto e a presença de Lula na campanha tem sido mais reclamada do que concretizada. É assim que a campanha vai chegando ao fim, embolada entre os três candidatos, como raramente se vê.

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