As novas operações da Polícia Federal, desta vez mirando pessoalmente o vereador Carlos Bolsonaro, dão continuidade as investigações de autoridades, que estariam trabalhando numa Abin paralela - expressão já usada pelo ex-ministro Gustavo Bebianno, que havia rompido com a família Bolsonaro, poucos meses após o início daquele governo. E pouco antes de morrer de infarto.
Não há dúvida sobre o que vem agora: virão novas operações da PF, já esperadas para logo, enquanto as investigações se aprofundam do que seria uma contra-espionagem de Estado, dentro da Abin. Desdobramentos à vista.
Cresce também a expectativa da divulgação dos nomes - cerca de 30 mil - que seriam alvos da espionagem ilegal. Outra expectativa é a de que novas normas terão que ser adotadas, assegurando mais eficiência e profissionalismo a estes essenciais serviços de informação e reduzindo a possibilidade de interferência política do chefe do Executivo.
Poder quanto mais controlado e fiscalizado, dentro da lei, e mais descentralizado melhor. E mais adequado a qualquer sistema democrático de Direito que se preze.