Fernando Mitre

Mitre: o que está por vir em Brasília

Fernando Mitre analisa a agenda de Brasília, que terá depoimento do ex-presidente Bolsonaro, do general Gonçalves Dias e possível leitura do pedido de criação da CPMI

Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Mitre: o que está por vir em Brasília
Reprodução/Band

Os atos criminosos que tumultuaram o dia 8 de janeiro vão continuar tumultuando Brasília com a perspectiva do novo depoimento, por enquanto adiado, do ex-ministro Anderson Torres à Polícia Federal.

A PF ouvirá na quarta-feira (26) o ex-presidente Jair Bolsonaro. No mesmo dia, o general Gonçalves Dias, ex-GSI, irá à Comissão de Segurança na Câmara e no Senado, o presidente Rodrigo Pacheco fará a leitura do pedido de criação da CPMI - que, por sua vez, deve produzir novos e agitados lances.

Agenda complicada e complicando. Uma intensa pauta de tumultos agora - incluindo a continuação do julgamento dos vândalos no STF e depois, com os previsíveis confrontos, hostilidades e agitações da CPMI a caminho, em um momento em que o governo, o Congresso e o país deveriam ter as condições para se concentrar em temas essenciais, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que está chegando. Isso além do PL das fake news, que deve ser votado e é importante. 

Mas no ambiente pesado na política é óbvio que tudo isso só pode piorar, se as investigações dos atos criminosos de janeiro - dentro e fora da CPMI - não deixarem tudo claro, nome por nome, lance por lance quem são os verdadeiros responsáveis, quem financiou aquele desatino, que o país não vai esquecer. 

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