Fernando Mitre

Mitre: o PT duramente cobrado pelo presidente Lula

Mitre analisa as movimentações de Lula em cobranças aos PT pela governabilidade

Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Mitre: o PT duramente cobrado pelo presidente Lula
Reprodução/Band

O presidente Lula atuou para enquadrar o PT. Na reunião desta segunda-feira (15), com a coordenação política do governo, ficou claro que um racha do PT na votação do novo regime fiscal não seria tolerado. 

Foi o recado, a posição, que ficou clara, do presidente - mesmo havendo petista descontente com itens do projeto do arcabouço fiscal, rebatizado de novo regime fiscal sustentável, que precisa de maioria simples para aprovação e é fundamental para o governo e o país. 

O trabalho do governo para organizar sua base de apoio não tem sido eficiente. O presidente da Câmara, Artur Lira, em entrevista exclusiva para a Rádio Bandeirantes, não escondeu críticas nem recados. 

Lula precisa atuar mais neste Congresso muito diferente daquele de 2003. Não só pelo novo regime fiscal - que, não sendo mais afrouxado, como quer o PT, caminha para ser aprovado, mas também para outras matérias essenciais, como a reforma tributária, que precisa de maioria qualificada. 

Agora, com este Congresso e com as atuais circunstâncias políticas, o trabalho é mais difícil, como Lula está sentindo. E tem que ser feito com maior presença dele, o que não significa que não possa descentralizar as ações. Um trabalho, de preferência, sem tantos ruídos petistas.

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