O presidente Lula atuou para enquadrar o PT. Na reunião desta segunda-feira (15), com a coordenação política do governo, ficou claro que um racha do PT na votação do novo regime fiscal não seria tolerado.
Foi o recado, a posição, que ficou clara, do presidente - mesmo havendo petista descontente com itens do projeto do arcabouço fiscal, rebatizado de novo regime fiscal sustentável, que precisa de maioria simples para aprovação e é fundamental para o governo e o país.
O trabalho do governo para organizar sua base de apoio não tem sido eficiente. O presidente da Câmara, Artur Lira, em entrevista exclusiva para a Rádio Bandeirantes, não escondeu críticas nem recados.
Lula precisa atuar mais neste Congresso muito diferente daquele de 2003. Não só pelo novo regime fiscal - que, não sendo mais afrouxado, como quer o PT, caminha para ser aprovado, mas também para outras matérias essenciais, como a reforma tributária, que precisa de maioria qualificada.
Agora, com este Congresso e com as atuais circunstâncias políticas, o trabalho é mais difícil, como Lula está sentindo. E tem que ser feito com maior presença dele, o que não significa que não possa descentralizar as ações. Um trabalho, de preferência, sem tantos ruídos petistas.