O ambiente em que governo e Congresso se atritam ou podem se atritar se alarga. Depois do caso da MP da reoneração das folhas de pagamento das empresas, contrariando a decisão dos parlamentares - agora vem esses vetos a vários itens da LDO.
Sempre lembrando que o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões ficou lá. Aí Lula não mexeu. Mas o veto ao mecanismo que fixava as datas para a liberação das emendas parlamentares na LDO é uma questão específica de poder.
No caso, poder de barganha do governo na liberação das emendas. Parlamentares já estão reagindo. Esse mecanismo e seu veto dão forma a uma óbvia reação a uma discutida evolução da força do Congresso nos últimos tempos.
Hoje, muito diferente do tempo do hiper- presidencialismo. Já não faltam análises se referindo agora a um hiper-parlamentarismo. Entre exageros inevitáveis, essa boa discussão tende a crescer. Vai crescer.