Depois do debate entre Kamala e Trump - em que ela foi avaliada como vitoriosa pela maioria das análises, além de algumas pesquisas - as possibilidades de um segundo confronto chegaram a ser consideradas, mas eram pequenas. Ela queria, mas ele não topou.
Fica assim - como pedra no lago - a repercussão do único debate entre eles, ilustrando e sendo lembrado na campanha até o dia da eleição. É o que acontece com os debates eleitorais marcantes. E esse foi.
Kamala se apresentou para uma parte do eleitorado, que queria conhecê-la melhor, mostrou personalidade forte durante aqueles 90 minutos históricos, conseguiu dificultar a vida do adversário ali em vários momentos e soterrou definitivamente a fase fraquíssima da campanha democrata com Joe Biden.
Com ela mudou tudo. Mas, mesmo recompondo as forças democratas, animando as bases e subindo nas pesquisas, e ainda ganhando o debate, não há nenhum sinal, por enquanto, de que os indecisos estejam se movendo na direção dela. Pelo menos ainda não de forma clara.
Depende dos próximos movimentos da campanha, que, certamente, continuarão afetados pelo rastro e pelos efeitos, que se mantêm, do único debate entre os candidatos. E pelos efeitos também da reação de Kamala - que vai continuar desafiando o adversário para o novo confronto, que ele não encara.