Ainda no último domingo (23), nas primeiras avaliações no comando da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, do episódio da prisão do abjeto Roberto Jefferson (PTB), já se decidia pelo óbvio: afastar ao máximo do chefe do Executivo a figura do apoiador, agora indesejado.
Outra conclusão é mais uma expectativa ou uma torcida do comando bolsonarista, a de que essa história não chegue até o eleitor de baixa renda, um dos alvos preferenciais neste momento da campanha do presidente.
Esse episódio, agora tema prioritário da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), engrossa o ambiente nesta reta final das eleições, transformada num duelo de rejeições, que vai se acirrar mais.
Nas duas campanhas, este duelo toma o lugar do que, de fato, interessa – ao lado do respeito às instituições e à ordem democrática, sempre exigindo vigilância –, que são os conteúdos programáticos. E que, infelizmente, vão continuar faltando.