Mitre: O desafio de criar regras inteligentes

Parece claro que as possibilidades da inteligência artificial são uma grande ameaça e o maior desafio para o país nestas eleições - pensando aqui no dia-a-dia das campanhas e suas circunstâncias. Regulamentar, criar instrumentos de controle sobre esse milagre tecnológico é missão essencial. É só considerar até onde isso pode chegar - modificando ou interferindo na realidade - para se avaliar a dimensão desse tema. 

Estou falando aqui das eleições, do uso fraudulento da IA em campanhas eleitorais, mas é óbvio que o desafio vai muito além. Criar regras - nada a ver com proibições exageradas e censuras generalizadas - eficientes e também inteligentes é parte fundamental desse novo capítulo das conquistas científicas e tecnológicas. E, óbvio, essencial para as eleições.

Na proposta do TSE estão alguns cuidados e proibições necessárias, como a exigência, em caso de alteração de imagem e sons, de informar como foi feita a manipulação e a técnica usada. O fato é que, se faltarem critérios adequados e vigilância eficiente, o desastre das falsificações pode ser trágico. O debate com sugestões em audiência pública começa no dia 23. Até março, os ministros do TSE votam a matéria. No Congresso, o tema vai crescendo e precisa crescer. Esse debate já era para ontem. 

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