O depoimento do ex-comandante do Exército, Freire Gomes, como testemunha - nada a ver com delação premiada nem como acusado ou suspeito e até por ter sido assim, como testemunha - esse depoimento trouxe mais substância, novos conteúdos, e juntos pontas nas investigações sobre a tentativa de golpe.
Motivou novos passos, que estão a caminho, inclusive outro depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que, na sua delação, não teria completado algumas informações.
Atenções voltadas agora para o ministro da Defesa de Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira, implicado nas articulações golpistas, segundo o depoimento do ex-comandante. Ele deixa suas reações e argumentações para os advogados nos autos, pelo menos por enquanto.
Nos últimos dias, quando as investigações caminhavam para a conclusão, esses e outros elementos estão prolongando o trabalho da Polícia Federal. Mais volume e mais evidências, como se avalia lá. Isso não acaba antes do prazo de fim de junho.