Mais de vinte horas de depoimentos - somando o do ex-comandante do Exército com este último do ex-assessor especial de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e mais o do ex-comandante da Aeronáutica - esse tempo foi suficiente para juntar pontas, preencher reticências, tirar dúvidas finais e possibilitar avaliações, dando novas substâncias às investigações da Polícia Federal, no inquérito sobre o plano de golpe bolsonarista.
Que Bolsonaro e seus advogados negam e negarão com argumentos e citações já preparados para a fase da ação penal - esperada para agosto ou setembro, a ser decidida pelo Supremo Tribunal.
As posições e atitudes colaborativas dos ex-comandantes de Bolsonaro animaram e trouxeram um conteúdo robusto às investigações - segundo fontes da PF - confirmando e dando maior consistência às revelações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, que parece se empenhar, cada vez mais, para garantir os benefícios previstos no seu caso de delação premiada.
Neste quarto depoimento, ele conseguiu superar uma suspeita de omissão planejada nas declarações anteriores à PF, sobre o tal vídeo da reunião ministerial de Bolsonaro, matéria central nas investigações. E nas conclusões, já avançadas, do inquérito.