Fernando Mitre

O anúncio do Plano Safra e a mudança de tom do presidente Lula

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

O presidente Lula mudando de assunto — em vez de gastar seu tempo atacando o Banco Central, o que atrapalha mais do que ajuda, ou adianta muito pouco, ou nada, e falar da produção de comida e da responsabilidade fiscal — é muito melhor para o país. E para ele. 

O Plano Safra, o maior da história, com mais 80 por cento atendendo os médios e os grandes produtores e o agro exportador — 400 bilhões — e menos de 20 por cento para agricultura familiar — 76 bilhões — pode ser entendido como um equilíbrio necessário. 

Os representantes do Agro querem mais, o que é legítimo e é do jogo. Mas a relação do setor com o governo — sem declarações abertas nesse sentido — vem melhorando. Pelo menos, o ministro da Agricultura conta com isso. Quanto ao presidente, o que tivemos ou temos agora é uma boa melhora de discurso e de atitude — avaliada assim na área de seus apoiadores, e, claro, também no governo. Fora, em outros setores e no mercado, é óbvio.

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