A possibilidade de decisão no primeiro turno continua na margem de erro. A menos de duas semanas da eleição, a campanha de Bolsonaro, enquanto aposta nos efeitos da viagem dele ao funeral da rainha Elizabeth II e à Nova Iorque, onde discursa na ONU, intensifica os ataques a Lula, já esgotados praticamente os efeitos das últimas medidas sociais do governo e dos eventos políticos do Sete de Setembro.
O objetivo óbvio da campanha de Bolsonaro, a menos de duas semanas das eleições, é tentar aumentar a rejeição do ex-presidente, bem menor do que a do adversário. Lula também está no ataque, mas sem perder de vista as prioridades, que são comparar resultados de seu governo com o do atual mandatário, reduzir abstenção no dia 2 de outubro e conquistar voto útil.
Iremos, assim, até o dia da eleição, provavelmente com o conhecido déficit de conteúdo, que seria resolvido se dessem mais espaço para o confronto, mas confronto de ideais e projetos de governo, o que mais falta nesta polarização.