Lula começou, finalmente, a participar de uma reunião semanal com os coordenadores da articulação política do governo no Congresso. Agora, vai entrar mais nessa operação política, um trabalho que, nos mandatos anteriores, o presidente fez com gosto e eficiência.
Neste mandato, andou meio devagar, desde que tomou posse, entrando, às vezes, em momentos mais quentes, num corpo a corpo com os parlamentares, mas sem continuidade.
Foi neste mandato, agora, que os desafios se tornaram maiores e mais difíceis para o Planalto, no trato com um Congresso conservador, na sua grande maioria, e que tem derrotado o governo em vários momentos significativos, como na votação dos vetos da saidinha de presos (contra) e da não criminalização das fake news (a favor).
Lula fez cobrança nesta reunião, mas faz, também, sua autocrítica e se dispõe a atuar como não estava fazendo. O primeiro passo é ampliar a área de atuação, chegar mais às lideranças de todos os partidos da base, sem restrições ideológicas, como ele fazia nos governos anteriores e andou esquecendo, agora, quando mais precisava lembrar.