Com atraso e já tendo pela frente uma crescente insatisfação entre os parlamentares - e depois de algumas derrotas - o presidente Lula decidiu, ou disse que decidiu, finalmente entrar pessoalmente na articulação para garantir apoio no Congresso.
Deve fazer o que ele sabe, pelo menos foi o que fez nos seus dois mandatos anteriores, quando recebia o maior número possível de deputados e senadores, atuando sempre.
As circunstâncias agora são outras, as dificuldades maiores. Dar ministério aos partidos não garante apoio. Liberação de emendas e cargos entram aí. Para serem administrados com critério.
O União Brasil, que tem 48 deputados, não deu um único voto a favor do governo na votação contra os decretos que mexiam no marco do Saneamento e tem três ministérios. Um recado e tanto a Lula, que já havia sido avisado sobre esse ambiente de insatisfação pelo presidente da Câmara. Lula, voltando da viagem ao exterior, deve meter a mão na massa.