O veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU à proposta de cessação de hostilidades e medidas humanitárias, apresentada pelo Brasil, mais a viagem de Joe Biden com a declaração de apoio irrestrito à Israel, provocaram as óbvias reações intensas e crescentes no mundo árabe. E fora dele.
E não deixa dúvida sobre o que já se imaginava: os Estados Unidos nunca estiveram tão longe de um papel de mediador nessa guerra. Diferentemente do tempo de outros presidentes, como Carter e Clinton, que estiveram na missão, sempre necessária, de mediação.
Agora na estaca zero, sem Estados Unidos, claro, neste sábado, vem a cúpula, no Egito, de vários países, como Turquia, França, China, Espanha, Irã, Iraque. E o Brasil lá, fortalecendo sua diplomacia competente e seu papel de busca de soluções.
O que exige visão e posição equilibradas. Como se pode conferir no texto do Brasil vetado pelos Estados Unidos - embora aprovado por 12 dos 15 votos do Conselho de Segurança da ONU.