Neste momento de recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT(, para superar essa pneumonia, pode ser também um momento de reflexão. Isso dizem - e esperam - alguns de seus apoiadores.
Depois do grave episódio - em que o presidente fez acusações sem provas que atingem a Justiça e a Polícia Federal - a expectativa é que Lula fale menos e atue mais.
Em vez de criar dificuldades numa atuação nervosa, com discursos emocionais e descuidados, o presidente, para começar - ou recomeçar - deve se dedicar pessoalmente, entre outras coisas, a organizar suas maiorias no Congresso, onde tudo anda pouco e mal.
O novo regime fiscal, que vem aí, precisa de maioria simples, mas não há garantias de aprovação ainda. E mais: falta ficar clara a definição do presidente, um equilíbrio entre o investimento e a responsabilidade fiscal. Indefinição política não é o caso agora, quando se trata de matéria que pode destravar a economia, trazer credibilidade, garantir a confiança dos investidores. A expectativa só cresce, claro.