Nem precisava do testemunho do diretor do Conselho Eleitoral da Venezuela, que afirma não ter recebido dados confirmando a vitória de Maduro. Já soa como redundante essa declaração de Juan Carlo Delpino, que anda escondido para se proteger de represálias do regime.
É um dos dois diretores do CNE que têm relações com a oposição. O Conselho valida a vitória de Maduro, óbvio. Mas as dúvidas vão virando certeza sobre a vitória fraudulenta de Maduro e o resultado legítimo a favor da oposição, faz tempo, a julgar pelo reconhecimento e reações internacionais, que só crescem.
Além da demonstração pela oposição de que teve 67% dos votos — sempre contestada pelo regime, claro. E tudo isso tornando, cada vez, mais difícil a posição do Brasil, que se mantém cuidadoso, ainda esperando um entendimento que possa levar a uma solução. Uma posição, que faria sentido — inclusive pelos interesses comerciais com a Venezuela, mas entendimento com quem e como?