Fernando Mitre

Mitre: desempenho de Biden e Trump no primeiro debate presidencial americano

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Que o presidente Biden iria se sair muito mal no debate com o adversário Trump começou a ficar claro já nas suas suas primeiras respostas. Não podia ser pior o seu desempenho, até prejudicado por uma voz de resfriado. 

O que não significa que Trump tenha tido uma boa participação. Mentiu o tempo todo com a vantagem de não ser contestado com a energia que Biden não demonstrava. Mas é claro que o ex-presidente tirou grande proveito do evento. Tudo isso num debate fraco, pouca substância, com enorme déficit de conteúdo. 

Thomas Friedman, grande jornalista do New York Times, chorou assistindo esse debate, que, na verdade, foi fraco também no modelo. Faltou confronto direto -pergunta/resposta/réplica/tréplica - que até poderia ser pior para Biden, que saiu de lá com a imagem arrasada, provocando dúvidas agora sobre a continuidade de sua candidatura. Foi, certamente, o pior debate presidencial da história americana. 

E ainda com o triste lance em que Donald Trump não disfarçou que continua disposto a contestar as regras eleitorais do país se as eleições não forem "limpas", segundo seus conhecidos e absurdos critérios. Como fez na derrota de 2020. Os Estados Unidos da América não merecem isso. Friedman teve motivo para chorar. 

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