Mitre: de um lado os golpistas, de outro os legalistas

O general Mario Fernandes, um dos presos desta terça-feira, era o "mais radical"- segundo o relatório da Polícia Federal. Ele sempre esteve bem sintonizado com o general Braga Netto. Segundo as investigações, foi na casa de Braga Netto que houve aquela reunião golpista, fato que se destaca nessa história. 

Importante: todo esse trabalho da PF, envolvendo tantos militares, tem a colaboração do Exército, que acompanhou as operações desta terça-feira. Um grupo de oficiais investigados pressionava os próprios chefes a entrar na aventura - o que é um tanto surrealista, mas está lá relatado. Claro que a realidade mostra que deu tudo errado. 

E aí entram personagens fardados fundamentais para a história recente da nossa democracia. Entre eles, o general Freire Gomes, então comandante do Exército, que pode ser considerado um ponto de resistência que teria frustrado todo o plano revelado. 

O sempre discreto Freire Gomes é um general, entre tantos outros, que agem e entendem as Forças Armadas como instituições de Estado... 

Generais como Tomás Paiva, que naqueles tempos conturbados, não deixou de fazer discursos, nos quartéis e solenidades do Exército, defendendo o respeito ao resultado das urnas e a todos os valores democráticos. E que hoje comanda o Exército - que, não só acompanha e apoia essas investigações, como quer ver os culpados, com os crimes comprovados, devidamente punidos.

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