O que podia responder o ministro Haddad diante da ofensiva de repórteres querendo saber se ele mantém a expectativa do déficit zero, depois que o presidente disse que isso pode não acontecer?
E Lula acrescentando que um pequeno déficit não tem importância. Um 0,25 é nada, gente, disse ele. Reações inevitáveis, ficou ruim no mercado, temendo-se a gastança.
Mas, embora alguns ficassem surpreendidos, não podia ser diferente a reação de Haddad, a resposta dele, ainda defendendo o déficit zero, mas já sem cravar.
Depois da fala de Lula, era o que dava para fazer. Enquanto fica entre o discurso do presidente, a reação e as críticas do mercado, a cobrança dos jornalistas e a ambígua resposta do ministro, fica a estrada já um tanto pavimentada para receber um déficit, esperado, um déficit que não seja, não deverá ser zero.