Fernando Mitre

Mitre: avisos da tragédia no Sul não permitem que tudo siga como tem sido

Fernando Mitre analisa os avisos das mudanças climáticas no Brasil

Da redação

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Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Mais uma vez, agora numa tragédia de dimensões sem precedentes, os especialistas se referem a chuvas acima da normalidade. Cerca de 800 milímetros caíram sobre o Rio Grande do Sul em quatro ou cinco dias, bem acima do que havia sido sinalizado duas semanas antes.

A devastação está aí, brutalmente diferente, mais grave que desastres anteriores, mas o que vai ficando claro é que, neste ritmo de mudanças climáticas, o que, tradicionalmente, é classificado como chuva acima do normal vai se tornando menos raro.

Essas surpresas estão ficando mais frequentes, o que obriga a mudanças também de critérios, de um modo geral. Como o de avaliar as nossas infraestruturas urbanas, que já não dão mais conta de responder uma onda mais grave de enchentes, como o Canal Livre desta semana vai discutir e aprofundar com vários especialistas.

Os avisos dramáticos da tragédia do Sul, nessa dimensão absurda, não permitem que tudo siga como tem sido, um fracasso quase total na prevenção de catástrofes naturais. Se vem mudando tudo ou quase tudo, os nossos gestores públicos também precisam mudar.

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