Os sinais são cada vez mais claros de que teremos neste ano campanhas eleitorais nacionalizadas — na sua grande maioria. Principalmente nas maiores cidades e capitais. São Paulo é o caso mais óbvio. A movimentação pré-eleitoral vem mostrando, em muitos casos, essa tendência a nacionalizar as campanhas, enquanto alimenta e alimentada pela polarização que se mantém firme e forte.
Quem presta atenção às atitudes e declarações do presidente Lula não tem dificuldade em concluir que ele atua como provável candidato à reeleição. No campo bolsonarista — ainda São Paulo como exemplo — o ex-presidente, hoje cassado, já deu o tom da chapa do prefeito, indicando o vice de seu gosto.
E continua influindo no mapa político do país. Como a abordagem nacional vai conviver com as questões locais — que continuam fundamentais para decidir eleição municipal — começará a ficar claro no primeiro confronto entre os candidatos na TV, no dia 8 de agosto, na Band, já com as regras em discussão com os partidos. Aqui se inicia a fase que, tradicionalmente, intensifica as campanhas levando às eleições — e, desta, vez, indo além, pavimentando o caminho até 2026.