A pressão da sociedade contra o projeto — que trata como homicídio o aborto após 22 semanas de gravidez — cresce no país todo e já vai empurrando essa matéria para a gaveta. Há um entendimento no Congresso — melhor dizendo: um reconhecimento no Congresso — de que esse projeto, se chegar ao plenário, ou quando chegar, alimentará novos e mais intensos protestos. Claro, alguém duvida?
E isso começa a influir também no comportamento de setores da oposição que já andam dizendo que não têm compromisso com o projeto. Outros, a maioria ali, no entanto, se mantêm fiel sim à posição militante e radical “a favor”, como se mostrou naquela encenação pseudo-teatral no Senado.
Mas não faltam, também no Congresso, aqueles que dificilmente negociariam o conteúdo do projeto, para não mudar suas posições tradicionais, mas que estão se mantendo distante do assunto.
É bom mesmo — quanto mais distante dessa ideia insana, melhor. É essa a avaliação, que está se expressando crescentemente na sociedade, deste projeto que, como explica a OAB, é ilegal e inconstitucional. Além de absurdo.