Não é admissível que uma instituição de Estado, como a Abin, com as suas ferramentas de inteligência, atue contra pessoas, sem nenhuma autorização oficial - enfim, completamente fora da lei - e ainda com objetivos políticos.
Espionar pessoas, cerca de 30 mil, incluindo magistrados, jornalistas, empresários, intelectuais, autoridades e políticos é o que a Polícia Federal, entre tantos pontos, investiga partindo desses pressupostos.
Seria uma Abin paralela? Todas essas possibilidades, algumas bem claras, sob investigação, se confirmadas concretamente, agridem, de frente e de fato, e gravemente, a Constituição da República. É ali no artigo quinto. As reações a esta ofensiva da Polícia, que dá sequência a outras ações, crescem entre a oposição - destacando aí a revolta do presidente do PL - que acha que tudo isso é perseguição a Bolsonaro e ao Bolsonarismo.
Há muito a investigar ainda, há muito a responder, não faltam suspeitas, evidências, dúvidas e pistas a serem esclarecidas. Continuar e aprofundar as investigações estão na pauta. É o que vem por aí.
Isso não vai parar no personagem Alexandre Ramagem - que se defende, como alvo dessas operações. Com tudo isso o que pode ser considerado certo é que novas ações da polícia estão a caminho.