O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem insistido – e vai insistir cada vez mais até o dia da eleição – no esforço de convencer o eleitorado, principalmente nas periferias, a não deixar de votar.
Esta é a ofensiva contra a abstenção, que passou de 20% em 2018, uma referência que preocupa, hoje, a campanha petista, que teria mais a perder com as ausências - geralmente dos eleitores mais pobres.
Aumenta essa preocupação devido ao medo de 9% do eleitorado ir votar, como mostrou o Datafolha. Lula mobiliza artistas nesse esforço, envolvendo também os jovens, enquanto prega o voto útil e continua atacando o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente intensifica os comícios na reta final e também a ofensiva contra o adversário, tentando aumentar rejeição bolsonarista, bem menor do que a petista.
O duelo de rejeições, conjugado com a disputa de avaliações entre o período Lula e o governo Bolsonaro, dá, agora, o tom da campanha nesta disputa inédita no Brasil entre um presidente e um ex-presidente.