O discurso do Presidente Lula na ONU, discurso forte, tocando em pontos essenciais, como a cobrança aos países ricos dos compromissos sobre a preservação das nossas florestas - que eles gostam de defender, mas odeiam pagar e, entre vários itens, insistiu na mudança do Conselho de Segurança. Assunto recorrente. Mas de poucas possibilidades.
Quem acredita que Rússia, China ou mesmo os EUA vão abrir mão de parte do poder que têm ali? A tendência é que continuarão deitando e rolando com o poder de veto.
Assim a reforma do Conselho de Segurança da ONU permanece um tema com pouco futuro, embora encaixe bem no discurso de Lula - aliás, um discurso que também ficou bem quando o presidente, na sua posição anti-negacionista, colocou de corpo inteiro o desafio ambiental brasileiro - aquecimento e incêndios de florestas - mas sem ter o que apresentar, de modo amplo, organizado e convincente, como cobrado em seguida na mídia, que são as respostas concretas necessárias com medidas eficientes de seu governo, inclusive de prevenção, no enfrentamento desses graves problemas. Por enquanto, falta prática para a inegável retórica afiada do presidente.