Às vésperas da oficialização das regras das eleições, o quadro político para as disputas municipais - nem sempre coerente com a posição nacional dos partidos - vai começando a tomar forma.
Aí estão aquelas reações de petistas à escolha para vice de Guilherme Boulos de Marta Suplicy, antes apoiadora do impeachment de Dilma Rousseff, que andaram animando o noticiário, mas sem afetar a decisão.
Aliás, o comando do PT acaba de aprovar a volta de Marta ao partido. Outros entendimentos difíceis, muitas vezes contraditórios, já estão por aí e outros virão até abril com a definição das chapas. Não há dúvida de que, predominando no quadro geral, as forças vão se organizar em função da polarização que caracterizou o confronto presidencial e que já está a caminho das disputas municipais, pavimentando o rumo de 2026.
O que não significa que não virão as alianças contraditórias e incoerentes, ditadas pelas circunstâncias locais. Não faltará espaço para os sempre presentes casamentos dos jacarés com cobras d'água.