Fernando Mitre

Mitre: a volta atrás da Starlink e a possibilidade de reverter a decisão na Justiça

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

O recuo da Starlink, num comunicado com o tom bem abaixo das mensagens de seu proprietário, o biliardário Elon Musk, coloca as coisas dentro das normas de uma linguagem e de procedimento mais adequados. Acusa Alexandre de Moraes de atuar em contradição com a Constituição brasileira, mas vai cumprir a determinação de bloquear o X. 

E vai defender na Justiça, na forma da lei, o que considera seu direito de voltar a atuar como antes. Bem diferente - apesar de alguma ironia - do tom das mensagens do dono, o biliardário Elon Musk - com seus costumeiros desrespeitos à  Justiça brasileira, inclusive, com as conhecidas chacotas e ataques ao ministro Alexandre Moraes, a quem trata como criminoso e outras coisas. 

Entre os ministros no STF não há unanimidade em torno da decisão de Moraes de cobrar da Starlink as contas do X. Se o caso ficar na Primeira Turma, a decisão de Moraes será mantida, sem dificuldades, obviamente. Numa hipótese pouco provável de chegar ao plenário - como, aliás, seria o caminho mais indicado - a expectativa por lá se inclina para a possibilidade - praticamente segura - de votos divergentes, mas numa reversão da decisão, não há sinais de apostas. 

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