A reunião do presidente Lula com os ministros nesta segunda-feira (18) é o reconhecimento, com atraso, do que as pesquisas vinham mostrando há algum tempo: sua clara queda de popularidade - dele e do governo. E que precisa de resposta.
Ele deve se mexer, os ministros foram ativados, quer melhorar a comunicação, mas também os resultados, cobrou entregas, como se viu na reunião, diante do desafio em algumas áreas chave para o bem-estar da população, como o da Saúde, habitação e outras.
O preço dos alimentos é um ponto, claro, essencial. Que até poderia ser atacado pela antecipação da retirada de impostos da cesta básica, prevista na reforma tributária. Para que esperar cinco anos? Essa sugestão já está sendo avaliada em Brasília - um dos temas, aliás, do Canal Livre desta semana.
A análise das pesquisas - um tanto óbvia - mostra que a reação negativa ao governo vem, em grande parte, do eleitorado que não é petista, mas que votou no Lula para se livrar de Bolsonaro.
Lula - quando age e, principalmente, quando fala, mirando sempre suas bases de esquerda - tem dado pouca atenção a esse eleitor centrista. E a suas reações. Elas vêm demonstrando insatisfação crescente.
No Planalto, o presidente já ouviu que precisa cuidar desse público - mais ainda num ano de eleições. Nos mandatos anteriores, ele fazia isso com eficiência.