O comandante do Exército, general Tomás Paiva, tem dito que pronunciamento oficial sobre a tentativa de golpe, as investigações e os processos... só acontecerá depois de encerrado o caso na Justiça. Vamos ver. Mas nada impede que sinais de reações entre militares escapem dos quartéis e gabinetes de comandos.
As frases têm vindo indignadas de lá. A comprovação é cada vez mais clara de que os golpistas encontraram uma resistência definitiva entre comandantes militares, o que fortalece a posição das Forças Armadas, como instituições de Estado.
O movimento criminoso investigado e já chegando à fase da denúncia provocou e ainda provoca essa indignação no ambiente militar. Onde se esperam com impaciência os dias de ver todos os culpados - com culpa comprovada - punidos na forma da lei, e fechando essa página... Cheia de gente fardada - 25 entre os 37 indiciados pela PF - mas que, pelo que está provado, e se confere no relatório de 800 páginas da PF, fica longe do espírito que predomina e alimenta as Forças Armadas.
Bem expresso no comportamento do então comandante do Exército, Freire Gomes, que resistiu aos golpistas. Na verdade impediu, como se conclui no relatório da PF, em que esse general é citado 130 vezes.