A pesquisa está aí confirmando o que parecia claro desde domingo (25): a maioria da população viu no evento da Paulista a resistência da força política de Bolsonaro no Brasil polarizado. Evangélicos, brancos e de renda mais alta aparecem como base dessa força.
O que também já vinha sendo claro - confirmado agora pela pesquisa Quaest, com vários dados positivos para Bolsonaro. Mas nem todos, 53% dos entrevistados acham que a Justiça acertou ao decidir tornar Bolsonaro inelegível e não veem perseguição política ao ex-presidente.
O fato é que a comprovada demonstração de força política de Bolsonaro está aí no ano eleitoral - embora deixando um rastro negativo, segundo a PF, que já incluiu trechos do discurso nas investigações sobre a tentativa de golpe, por considerar que o ex-presidente reconheceu culpa - interpretação que ele e sua defesa não admitem.
Na área do STF não faltam sinais e até manifestações, como a de Gilmar Mendes, na mesma linha da PF. E assim as investigações já estão perto da conclusão - e não se considera por lá outra convocação de Bolsonaro para depoimento. E não parece distante a hora do encaminhamento dos possíveis indiciamentos ao PGR.