A disposição do PT de ceder nas negociações para as eleições municipais, aceitando ter o menor número de candidatos nas capitais em 32 anos, coincide com várias análises, inclusive dentro do partido, claro, concluindo pelo caminho mais aberto de dar mais espaço para os aliados.
O PT sozinho agora está longe de ser o melhor caminho, quanto mais acompanhado melhor. O mapa político desenhado pelo partido sugere a opção por ampliar as alianças e quanto a nomes petistas em cabeça de chapa prevem-se apenas 16 nas 26 capitais, as circunstâncias reforçam ou aconselham isso. Forçar a disputa em cabeça de chapa. Nem sempre é rumo eficiente, pode ser desastroso.
A lembrança é fresca, nas últimas eleições municipais o PT concorreu em 21 capitais e não levou nenhuma. A ideia de recuperar o terreno perdido, o desafio político desse ano, desafio enorme, exige menos intransigência - para não dizer arrogância, velha arrogância e mais flexibilidade. Isso é elementar.