Fernando Mitre

Mitre: a difícil relação do governo com o congresso

Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

A MP dos Ministérios foi aprovada no Senado com facilidade, 51 votos contra 19, o que não significa que não haja por lá graves reclamações contra a articulação do governo. 

Mas bem mais simples no Senado - a aprovação e o clima - do que o dia de votação na Câmara, um dia dramático para o governo. A conclusão é que, mesmo com esse alívio do Planalto, as dificuldades nas relações com o Congresso estão aí. 

E a expectativa agora - depois de uma conversa tensa com o presidente da Câmara, Arthur Lira, relação necessária e complicada - é de que o presidente Lula, alvo de tantas reclamações, vai finalmente entrar no corpo-a-corpo com o Congresso, dando a atenção necessária à formação de uma base confiável - que ainda não existe. 

A liberação de R$ 1,7 bilhão em emendas na quarta-feira já foi um sinal de sua disposição de atender melhor a turma em troca de apoio. Agora a articulação já está intensa. Vamos ver até onde vai o governo, até onde aceitará pressão.

Trocar ministro agora? Lula diz que não. O fato é que a base de apoio do governo não está organizada e vem aí matérias importantes e difíceis como a essencial reforma tributária. E isso é o que mais interessa.

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