O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou tempo. Depois da conversa com Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara, no Alvorada, fora da agenda, as coisas andaram e já tem a escolha de nomes do centrão para a Esplanada.
Pelo PP, partido de Lira, vai mesmo o maranhense André Fufuca. Pelo Republicanos, de Pernambuco, Silvio Costa Filho, o filho de um aliado histórico do petismo. É o estilo de Lula, já conhecido em governos anteriores, de atrair, ampliar e fortalecer sua base de apoio.
Quem achou, nos primeiros meses de governo, que ele havia esquecido a fórmula, se enganou. É Lula com a mão na massa. E vai continuar. A diferença agora é que, além de o terreno estar muito acidentado entre aliados, ministério não garante, como antes garantia, qualquer voto no plenário.
O voto anda mais dependente da satisfação pessoal do deputado votante, importando menos a condição do partido no governo. Significa, também, que o voto ficou mais caro. Nosso presidencialismo de coalizão complicou bastante.