A referência à Venezuela, muito esperada, veio num pequeno trecho do discurso do presidente Lula, ao lado do presidente Gabriel Boric, no Chile. Boric já vem se definindo, denunciando os resultados fraudulentos da eleição de Maduro.
Lula mantém uma posição cautelosa, voltada para um eventual papel de moderador, como a Colômbia e o México, exigindo as atas das apurações, mas agora sem repetir as declarações infelizes, como a de que não está acontecendo nada grave na Venezuela. Já conseguiu até um agradecimento da líder oposicionista María Corina.
Embora sem a complacência de antes com as fraudes, perseguições e repressão generalizada na Venezuela, Lula ainda está longe da posição do presidente Boric, um esquerdista que não compactuou em nenhum momento com a ditadura.
E está sob pressão crescente, como a dos 30 ex-presidentes que querem mais firmeza de Lula diante do regime de Maduro.