Com a nota dissonante - ou mal explicada, eu não entendi - da ausência do presidente Macron, convidado e esperado pela cúpula dos oito países amazônicos, os trabalhos em Belém chegam ao fim com a cobrança aos países ricos, no discurso do presidente Lula.
Eles não pagam, não têm feito a parte deles no esforço para preservação da floresta. Críticas, geralmente corretas, não deixam faltar, mas estão faltando os 300 bilhões que ficaram de pagar e o dinheiro não chega.
A Cúpula da Amazônia - que teve cobertura intensa da mídia européia e americana - enriqueceu a discussão colocando juntos, e de maneira mais clara, a preservação e o desenvolvimento.
Como lembrou o presidente Lula, ao cobrar os ricos, abaixo da copa das árvores - cuja preservação é fundamental para o planeta - vivem 50 milhões de seres humanos que querem trabalhar, evoluir e viver com dignidade, e que merecem e precisam ser atendidos.
Depois de 14 anos dispersos, sem se reunirem, os oito países, a partir dessa Cúpula, anunciam uma união definitiva e uma agenda comum. Embora faltem alguns itens importantes como as metas de desmatamento, mas está aberto o caminho - podendo até incluir outras nações com grandes áreas de florestas, para aplicar no trabalho conjunto as políticas necessárias nessa dura e urgente missão que os países ricos têm que ajudar a pagar.