As Forças Armadas vão atuar em articulação com a Polícia Federal até maio no combate ao crime organizado no Rio e São Paulo, e isso significa fazer tudo, em operações e ações de segurança, em portos e aeroportos, permitidas pela GLO que é restrita.
Por exemplo: em condições normais, a Marinha não pode abrir uma bagagem suspeita num porto. Agora pode. Como o sistema das bases aéreas também pode ser aplicado pela Aeronáutica nos aeroportos.
Poder de polícia, mas dentro do perímetro dos portos e aeroportos. Enfim, trabalhando juntas, as três Forças e a Policia Federal, apoiando as polícias estaduais.
Mas tudo isso precisa de uma inteligência organizada e apurada - e essa foi a primeira repercussão do plano anunciado, a primeira reação de especialistas da área de segurança.
O que significa atender a uma necessidade que está aí há tempos: aperfeiçoar o instrumento fundamental para o combate ao Estado paralelo que se instalou no Rio, principalmente no Rio, e em outras regiões.
Sem o trabalho de uma inteligência eficaz, bem equipada, não se avança no combate ao crime - dizem os especialistas. E a dúvida é se vão ter que continuar - e por quanto tempo - dizendo a mesma coisa. Esperemos que não.