Fernando Mitre

Mitre: A assinatura brasileira no pedido de democracia na Nicarágua

Fernando Mitre afirma que apoiar o pedido da OEA por democracia na Nicarágua é 'o mínimo'

Da redação

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Apoiar o pedido da OEA (Organização dos Estados Americanos) por democracia na Nicarágua é o mínimo. A frase "fortalecer a democracia", como o Brasil havia sugerido para o texto - ideia recusada - não fazia o menor sentido. Não se pode fortalecer o que não existe. Foi um bom recuo do Itamaraty. Trata-se de construir a democracia naquele país onde a ditadura deita e rola. 

O Brasil pode e deve ser contundente contra esse regime, assim como deve rever sua posição sobre o governo da Venezuela. Não dá para contemporizar com essas ditaduras. O que não significa que não possam haver relações diplomáticas e comerciais com esses países, dentro do interesse do Brasil, mas homenagear ditaduras, como aconteceu recentemente com Maduro em Brasília não é aceitável. Como não seria - ou pegaria muito mal - o jantar de Lula, felizmente cancelado, com o príncipe da Arábia Saudita, aquele acusado de ter mandado decapitar um jornalista crítico ao regime dentro da embaixada do país. 

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