Mostrar quem ela é. Kamala Harris entrou no debate, seu primeiro e talvez único contra Trump, com esse objetivo. E parece claro, que, depois desse confronto, não ficaram sem resposta aqueles 28% dos eleitores americanos que diziam querer conhecer melhor a candidata.
Agora conhecem. Mas é apenas um passo. Só as pesquisas continuadas durante a campanha vão dizer se, com isso, ela conquistou votos suficientes para melhorar sua posição. Se, de fato, isso chegou ao eleitor indeciso. O que já parece claro também é que é difícil - fora do grande círculo dos engajados trumpistas - ... alguém dizer que Kamala não foi a melhor no debate.
Trump é bom debatedor, mesmo abusando de mentiras, como voltou a fazer nesse confronto. Contra Joe Biden, que mal conseguia reagir, Trump deitou e rolou. Mas contra Kamala, foi bem diferente. Umas das mentiras de Trump - aquela, meio esquisita, dizendo que imigrantes estariam comendo cães e gatos de estimação dos americanos - foi desmentida por um dos jornalistas presentes.
Pesou bastante contra ele. Até novembro, não está descartado outro debate. Kamala já se adiantou dizendo que gostaria de participar. Quem sabe, com o decorrer da campanha, Trump possa topar. Um novo debate faria bem à campanha americana. Os debates são fundamentais - embora nem sempre ganhar debate signifique ganhar eleição.