Clima em 2023: seca no AM, ventania com apagão em SP e mortes no Sul marcam ano

Outros desastres naturais, como terremotos e onda de calor, também preencheram o calendário mundial nos últimos meses

Da redação

Expressões como “aquecimento global” e “mudanças climáticas” ganharam espaço no vocabulário popular em 2023. Além disso, outros desastres naturais, como terremotos e ciclones, também preencheram o calendário mundial nos últimos meses. Nesta reportagem, a Band mostra uma retrospectiva do tema envolvendo o Brasil e o mundo.

O primeiro da lista de desastres naturais aconteceu na Turquia e Síria, quando os países foram atingidos por um terremoto, em fevereiro, com magnitude de 7,8. Ao menos 50 mil pessoas morreram.

O epicentro foi registrado na região entre as cidades de Gaziantepe e Kahramanmaras, a uma profundidade de 10 a 24 km, segundo os serviços geológicos dos Estados Unidos e da Alemanha. Eles monitoram fenômenos do tipo em todo o mundo.

Chuva em São Sebastião

Também em fevereiro, uma tempestade que começou no dia 18 deu início a uma tragédia em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. O fenômeno resultou em 65 mortos, mais de 2 mil desalojados e 1,8 mil desabrigados.

Ciclone no Rio Grande do Sul

O Sul do país sofreu com as fortes chuvas que devastaram cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Ao menos 47 pessoas morreram no estado gaúcho, enquanto 48, no território catarinense.

Foram construídas comportas, reforçadas com 190 t de areia distribuídas em nove mil sacos, para tentar conter o nível do Rio Guaíba, que atingiu o pico de 3,18 metros nos Cais Mauá, seção do porto fluvial de Porto Alegre.

Tremor em São Paulo

Os moradores da região do Vale do Ribeira, em São Paulo, foram surpreendidos por um tremor de terra com magnitude 4, em junho. Cidades como Miracatu, Barra do Ribeira, Salto de Pirapora, Boituva e até parte da capital sentiram os abalos. Apesar do susto, não houve danos estruturais. 

Onda de calor no mundo

Em julho, os Estados Unidos, Ásia e Europa enfrentaram temperaturas acima dos 50ºC, em julho deste ano. A China, por exemplo, atingiu 52,2°C, na província de Xinjiang, região de desertos.

Na Europa, o calor também causou preocupação, já que o continente não está preparado para lidar com altas temperaturas. Em Roma, o alto número de pessoas que utilizavam ar-condicionado resultou em falta de energia elétrica. Incêndios florestais na ilha espanhola de La Palma forçaram 4 mil pessoas a abandonarem as próprias casas.

Os incêndios florestais deixaram ao menos 18 mortos em uma área do nordeste da Grécia. Nos Estados Unidos, 110 milhões de pessoas viveram em zonas com alerta vermelho. No Vale da Morte, na Califórnia, a temperatura passou dos 53 graus. 

Uma onda de calor elevou as temperaturas no Brasil. Por pelo menos nove vezes no ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dias mais quentes consecutivos causaram transtornos no país.

Incêndios florestais no Canadá

As fumaças dos incêndios florestais, no Canadá, devastaram ao menos 3,8 milhões de hectares em agosto deste ano. Pelo movimento de rotação da terra, a direção do vento, que partia da esquerda para direita, forçou que a fumaça chegasse a Nova York, nos EUA.

Terremoto no Afeganistão 

Mais de 2 mil pessoas morreram após uma série de terremotos no oeste do Afeganistão. Outros 10 mil ficaram feridos. O acontecimento foi um dos mais letais a atingir o país nos últimos 20 anos.

A intensidade dos oito tremores teve magnitude 6,3 e sacudiu áreas de difícil acesso, a 30 km a noroeste da província de Herat.

Incêndio no Pantanal

Fumaça intensa, céu amarelo, animais mortos e outros em fuga. O incêndio que atingiu o Pantanal, em novembro deste ano, agravou-se ainda mais com a forte ventania na região. Cerca de 300 servidores atuaram no combate às chamas com o apoio de quatro helicópteros. 

Seca em Manaus

Neste ano, a seca no Amazonas atingiu um patamar inédito. O Rio Negro, um dos principais do estado, teve o nível mais baixo da história. A estiagem deixou a paisagem tropical em deserto e prejudicou mais de 280 mil pessoas. 

Apagão em São Paulo

Um temporal com ventos superiores a 100 km/h atingiu a cidade de São Paulo no dia 3 de novembro, o que provocou a queda de centenas de árvores sobre as fiações dos postes dos bairros paulistas. Por causa disso, um apagão afetou mais de 2 milhões de pessoas.

O comércio da Região Metropolitana de São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 126 milhões devido à falta de energia. Quatro dias após o temporal, 200 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica.

Vulcão na Islândia

Em dezembro, um vulcão entrou em erupção na península de Reykjanes, no sudoeste de Islândia, após meses de pequenos terremotos no país. A fissura é de 4 km. O vulcão chegou a soltar entre 100 e 200 m³ de lava por segundo, considerado um alto volume.

Cerca de 4 mil moradores da região foram retirados das casas, mas ninguém se feriu.

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